A Arte de Influenciar Pessoas e Impactar Vidas!
O Apóstolo Paulo potencializou a vida e ministério do jovem Timóteo, por meio de princípios bíblicos, experiências práticas e assessoramento contínuo, de tal maneira, que ele veio a se tornar um dos seus mais bem sucedidos cooperadores (1 Tm 2.2). Isso nos faz refletir sobre a necessidade de discipuladores, como Paulo, em nossa geração.
Discipular ou mentorear?
Mentor é outra palavra para discipulador. Tanto o mentor como o discipulador consiste em ser um guia, mestre, pai espiritual e conselheiro.
Por que ter um discipulador? Todos nós temos “pontos cegos”, que só as pessoas que andam conosco mais de perto conseguem enxergar, daí elas podem nos ajudar a corrigi-los. Outra grande vantagem de se ter um discipulador é que, se estivermos passando por qualquer tipo de dificuldade, temos onde recorrer para pedir ajuda.
Na visão tanto de Jesus como de Paulo, discipular é multiplicar a si mesmo! O trabalho deles como discipuladores era muito mais do que ter um grupo de estudo e passar informações. Era, sobretudo, uma formação espiritual, onde os discípulos eram equipados e, a partir deles, a vida de Deus fluía para outras pessoas.
É na caminhada do discipulado que entendemos que o negócio não é só plantar! É necessário regar e cultivar, para render frutos.
A melhor palavra que ilustra o processo de um bom discipulado é o verbo grego “aperfeiçoar” (katartizo, Ef 4.12), usado pelos antigos escritores para descrever o ato de um cirurgião pondo no lugar ossos fraturados – junção de ossos deslocados. Este verbo se refere tanto a “consertar o que está quebrado”, como o “aprimoramento do que foi feito”. É isto que acontece no discipulado, segundo o modelo de Jesus e Paulo!
Por que o discipulado é tão Importante?
A igreja “clama” por uma liderança com a visão de discipulado que valorize relacionamentos, que seja padrão dos fiéis no caráter, que influencie pessoas e impacte vidas. Refiro-me a um discipulado que é antagônico ao modelo de ensino tradicional visto nos seminários e institutos teológicos, que é mais teórico, formal, focado mais na mente da pessoa, do que nos relacionamentos.
O verdadeiro discipulado é informal, prático e enfoca mais o coração.
Pois, “O” grande alvo da vida cristã é sermos segundo a imagem de Jesus (Rm 8.29). Mas isto não é possível, sem termos modelos autênticos para seguir. Este modelo é passado por meio de um discipulado sério que promove acompanhamento e avaliação constante da maturidade do discípulo, tendo em vista a reprodução de líderes sadios, no contexto de uma igreja local.
Como fazer um discipulado dinâmico e espiritual?
1º) Observar a pessoa ou o histórico do discípulo, procurando analisar a situação de todos os ângulos possíveis, para ajudá-lo.
2º) Confrontar com amor. O discipulador deve fazer boas perguntas que levem o discípulo a refletir e chegar as suas próprias conclusões rumo às mudanças.
3º) Acompanhar e apoiar o discípulo no processo de mudanças na sua vida, não mandando ou determinando, mas sugerindo ou aconselhando.
Concluindo, discipular é, em essência, influenciar pessoas e impactar vidas! Em busca deste objetivo, devemos seguir o exemplo tanto de Jesus como de Paulo, pois eles valorizavam relacionamentos, eram exemplo de caráter e ajudaram no desenvolvimento pessoal do discípulos.