Discipulado: Formar Cristo em Nós.

Gálatas 4:12-20.
Estamos num processo de discipulado, tanto aqueles que discipulamos, como nós mesmos como discipuladores. E nesse processo, temos enfrentado muitas lutas: lutas contra a nossa própria carne; luta contra a nossa alma; luta contra satanás; luta contra os nossos desejos e aspirações; luta contra falsos discipuladores, pastores, apóstolos e mestres…; luta contra a nossa própria mente… . Lutamos também contra cabeça-dura de discípulos que nos dão uma canseira…; luta contra aqueles que não querem se submeter, não querem reconhecer a nossa autoridade espiritual sobre eles… – TODAS essas LUTAS, PAULO também enfrentava…
Mas em GALATAS, temos uma concentração de algumas dessas lutas: a) Autoridade paulina como apóstolo e discipulador; b) Luta contra alguns JUDEUS que tentavam levar os discípulos de Cristo e de Paulo; c) luta contra determinadas HERESIAS…; d) luta contra os desejos da CARNE, as obras da carne…; e) Luta para se produzir os FRUTOS DO ESPIRITO…;
TODAS essas LUTAS nada mais são do que resistências para se FORMAR CRISTO NA VIDA DOS DISCIPULOS, EM NOSSAS VIDAS…!!!
HOJE, vamos refletir sobre esse tema DISCIPULADO, FORMAR CRISTO EM NOS!
I – DISCÍPULOS DEVEM SER COMO SEUS DISCIPULADORES – Gal 4:12
Paulo diz aos Gálatas: Sejam como eu sou! Paulo diz aos Corintios: Sejam meus imitadores, assim como eu sou de Cristo (I Cor 11:1)!

II – DISCÍPULOS DEVEM SE RELACIONAR COM SEUS DISCIPULADORES COMO ANJO DE DEUS, COMO A CRISTO (São autoridades representativas de Deus sobre a vida dos discípulos) – Gal 4:13-14
Apesar das fraquezas, enfermidades e sofrimentos de PAULO, os GALATAS o receberam com muito respeito, honra e não se escandalizaram, nem se envergonharam dele por causa das suas ASTHENEIAS (fraquezas, enfermidades…). PAULO mostra que era HOMEM de carne e osso, com suas fraquesas e enfermidades…

III – DISCÍPULOS DEVEM SER MANTIDOS ANIMADOS E CHEIOS DE AMOR PELO DISCIPULADOR – Galatas 4:15

IV – DISCÍPULOS DEVEM SABER RECEBER A VERDADE SEM SE REBELAR – Gal 4:16

V – DISCÍPULOS DEVEM SE GUARDAR PARA NÃO SEREM ROUBADOS POR FALSOS DISCIPULADORES – Gal 4:17
Paulo adverte aos Gálatas de que eles estavam sendo enganados, sendo falsamente envolvidos por discipuladores que queriam roubá-los de Paulo, roubá-los de Cristo. Assim são os falsos discipuladores que nunca se sacrificaram pelos discípulos… Os JUDEUS queriam levar os Gálatas a Moisés ou pra eles mesmos e separá-los de Paulo.

VI – DISCÍPULOS DEVEM SER ENSINADOS À PRÁTICA DO BEM, MESMO NA AUSÊNCIA DO DISCIPULADOR – Gal 4:18

VII – DISCÍPULOS SÃO FILHOS GERADOS EM MEIO A DORES DE PARTO – Gal 4:19

VIII- DISCÍPULOS SÃO FILHOS QUE DEVEMOS FORMAR CRISTO NELES – Gal 4:19
Paulo diz em II COR 3:18 que como discípulos, somos formados, de glória em glória, pelo Senhor segundo a imagem de Cristo (II COR 3:18 “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor”).

IX – DISCÍPULOS SÃO FILHOS QUE SUPORTAM DURAS CORREÇÕES – Gal 4:20
Paulo falava aos Gálatas como TEKNOS (Filhos gerados) em contraste a palavra GREGA “UIOS” (Filhos adotivos, filhos em geral). E por ter essa prerrogativa (coisa que os outros discipuladores que estavam querendo roubá-los de Paulo não podiam fazer, pois não os geraram).
Aos crentes em CORINTO, PAULO também se dirigiu duramente, dizendo: I COR 4:14-16 “Não escrevo estas coisas para vos envergonhar; mas admoesto-vos como meus filhos amados.15  Porque ainda que tivésseis dez mil aios em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; porque eu pelo evangelho vos gerei em Jesus Cristo.16  Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores”.
Aos Corintios, PAULO ainda foi mais duro…:II COR 10:9-11 Para que não pareça como se quisera intimidar-vos por cartas.10  Porque as suas cartas, dizem, são graves e fortes, mas a presença do corpo é fraca, e a palavra desprezível. 11Pense o tal isto, que, quais somos na palavra por cartas, estando ausentes, tais seremos também por obra, estando presentes.

PAULO se coloca como um PAI dando uma bronca no filho…: NÃO ACREDITO! Estou perplexo com o seu comportamento… Não foi isso que eu te ensinei…!! – ASSIM DEVEMOS NOS COLOCAR perante os nossos DISCIPULOS caso alguns venham a ERRAR, falhar conosco, falhar com o Evangelho…

CONCLUSÃO: PAULO está lutando pela vida dos discípulos, dizendo que não quer perde-los de maneira nenhuma. Eles são como filhos que ele gerou e ele não admitia que viessem os JUDEUS para querer leva-los de volta á LEI, aos rudimentos da fé… Não admitia que viessem uns engraçadinhos e roubassem os seus discípulos e todo o trabalho fosse em vão…!
Tudo Isso traduz o ZELO, AMOR, CUIDADO e RESPONSABILIDADE para com os DISCIPULOS, por quem PAULO iria prestar contas… Não é o caso desses AVENTUREIROS, desses OBREIROS FRAUDULENTOS, desses enganadores que so querem se aproveitar das ovelhas alheias…!

Eis uma SINTESE de GALATAS;
O apóstolo Paulo escreveu esta carta aos gálatas convertidos em alguma época situada entre os anos 48 a 53 de nossa era. Mestres judaico-cristãos haviam procurado predispor contra o apóstolo os gálatas convertidos., dizendo-lhes que, como gentios, deviam ser circuncidados (5:2-6; 6:12-15) e praticar o ritual da lei (4:10) para que fossem salvos. Mediante uma carta, Paulo reivindica sua autoridade como expositor do evangelho, e condena a posição judaizante como legalismo anticristão.
Paulo sustenta que os crentes, tanto judeus como gentios, desfrutam de completa salvação em Cristo.
São justificados (3:6-9),
adotados (4:4-7),
renovados (4:6; 6:15),
e feitos herdeiros de Deus segundo a promessa do pacto com Abraão (3:15-18).
Desse modo, a fé no Cristo do Calvário liberta-nos para sempre da necessidade de buscar a salvação pelas obras da lei. De qualquer maneira, esta busca é impossível, uma vez que a lei não salva, nem era esse seu propósito (3:19-24). Os crentes não devem, portanto, voltar ao princípio de guardar a lei como base para a salvação, pois do contrário voltam à escravidão (5:1) privando-se da graça de Cristo (5:2-4). Devem, antes, apegar-se à liberdade que Cristo lhes deu, e servir a Deus e ao próximo no poder do Espírito, como homens livres (5:13-18), realizando com alegria a vontade de seu Salvador (6:2).
O argumento de Paulo demonstra que todas as versões legalistas do evangelho são corrupções deste, e que o gozo da liberdade cristã depende de ver que a salvação é somente pela graça, unicamente mediante Jesus Cristo, recebida exclusivamente pela fé.

MIBA/DF – Ap. Wagner Tenório